Thursday, April 20, 2006
Monday, April 17, 2006
Casa nova
Abre as janelas de par a par
Deixa o sol entrar até os cantos mais escondidos
Recebe o vento em teus cabelos
Respira fundo
Deixa que penetrem em Ti, este ar,esta luz...
Assim,a alma branca de paredes caiadas
pronta a receber telas imensas,coloridas,vibrantes...
Flores no vaso
Fonte de água fresca
Cheiro bom
Reinaugura teus sentidos
Teus desejos,sonhos,medos
E conta com meu abraço e minha mão.
(Escrito para meu corajoso cavaleiro de sonhos de quem sou fiel escudeira)
Deixa o sol entrar até os cantos mais escondidos
Recebe o vento em teus cabelos
Respira fundo
Deixa que penetrem em Ti, este ar,esta luz...
Assim,a alma branca de paredes caiadas
pronta a receber telas imensas,coloridas,vibrantes...
Flores no vaso
Fonte de água fresca
Cheiro bom
Reinaugura teus sentidos
Teus desejos,sonhos,medos
E conta com meu abraço e minha mão.
(Escrito para meu corajoso cavaleiro de sonhos de quem sou fiel escudeira)
Saturday, April 15, 2006
Cem anos de solidão
Voltou a comer terra.Da primeira vez, fê-lo quase por curiosidade,certa de que o gosto ruim seria o melhor remédio contra a tentação. E, com efeito, não pôde suportar a terra na boca.Mas insistiu, vencida pela ânsia crescente, e pouco a pouco foi satisfazendo o apetite ancestral, o goto pelos minerais primários, a satisfação sem par do alimento original. Jogava punhados de terra nos bolsos e os comia aos grãozinhos,sem ser vista, com um confuso sentimento de felicidade e raiva, enquanto adestrava suas amigas nos pontos mais difíceis e conversava sobre outros homens que não mereciam o sacífício de que se comesse por eles a cal das paredes. Os punhados de terra faziam menos remoto e mais certo o único homem que merecia aquela degradação, como se o chão que ele pisava com as suas finas botas de verniz em outro lugar do mundo transmitisse a ela o peso e a temperatura do seu sangue, num sabor mineral que deixava uma cinza áspera na boca e um sedimento de paz no coração."Cem anos de solidão,pág.66
Friday, April 14, 2006
Minha alma e tua alma
Minha alma
e tua alma
brincam nas ruas
nos vales
nos rios
nos veios
Minha alma
e a tua
brincam
de esconde-esconde
polícia e ladrão
brincam de amarelinha
Na brincadeira
uma encontra a outra
a minha se faz prisioneira
a tua se faz carcereiro
e juntas
chegam ao céu
Minha alma
e a tua alma
duas
crianças
brincando.